segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Natal

Natal é tempo de pensar em Jesus, refletir e colocar em prática os seus ensinamentos. Natal é luz, amor, caridade e perdão. Natal não é papai noel, comércio e nem crueldade. Natal é amor!

Não vamos comemorar a vinda de Jesus ao nosso planeta com crueldade em nossas mesas.

Vamos dar ao aniversariante Jesus o presente que ele gostaria de ganhar, qual seja o nosso amor ao próximo animal e humano. Vamos amar o próximo (animal e humano) como ele amou e ama.

FELIZ NATAL A TODOS COM MUITO AMOR E LUZ!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Evolução Humana, Espiritismo e Vegetarianismo

Olá, hoje eu falarei da relação entre a evolução humana e o vegetarianismo, abarcando a doutrina espírita. No final, transcreverei um texto fantástico que merece ser lido.
O Espiritismo que é ciência, filosofia e religião sem dogmas, nos ensina a amarmos ao próximo como a nós mesmos e a seguir os ensinamentos de Jesus para que possamos evoluir. Os Espíritas em geral não defendem o vegetarianismo, pois muitos ainda comem carne e nós temos o nosso livre arbítrio. Todavia, é inegável que o vegetarianismo é necessário para a evolução do ser e da humanidade. Um dia, todos seremos vegetarianos e não sentiremos a necessidade de matar violentamente o nosso semelhante para satisfazer os nossos desejos.
Creio que nossa sociedade possui pessoas em variadas faixas ou zonas evolutivas. No tocante ao consumo da carne, há os que necessitam da carne para viver, ou seja, que ficam doentes sem ela e não conseguem substituí-la por nenhum outro alimento. Além disso, há os que não precisam e comem porque acham gostoso, por gula ou porque a maioria come mesmo sabendo que há maneiras de substituí-la. Por fim, há outros que são mais sensíveis e já evoluiram ao ponto de amar e respeitar a todos, não comendo carne e superando as tentações que porventura apareçam.
O consumo da carne favorece o enriquecimento dessas empresas matadouras e comercializadoras que além de cruéis com os animais, danificam o Meio Ambiente com uma atividade nada sustentável.
Note-se que ser vegetariano não significa por si só evolução moral. Não basta amar os animais e não amar ao próximo (ser humano). Temos que amar os animais, as plantas, bem como os amigos e os inimigos, respeitá-los, controlar as nossas más tendências, exercer a caridade pura, perdoar, não julgar, não fofocar...Muitos de nós vegetarianos ainda estamos longe de sermos perfeitos, mas estamos caminhando. Até hoje, só Jesus foi perfeito na Terra.
Jesus era vegetariano. Há quem diga que ele foi Essênio. Há, inclusive, o Evangelho dos Essênios (povo vegetariano contemporâneo a Jesus).
Acredito verdadeiramente que Jesus foi vegetariano. Seguem as razões: Naquela época não existia matadouros profissionais, açougues e ninguém comprava carne limpinha e embaladinha. Assim, era preciso caçar e matar de forma violenta com as armas, lanças, pedras e paus da época. Imaginem se Jesus com toda a sua pureza, luz e amor iria matar um animal com pauladas, decepá-lo e depois cozinhar a carne cheia de sangue no fogo. Jesus se alimentava de grãos e vegetais. Ele jamais caçaria, mataria com suas próprias mãos, deceparia, cozinharia e comeria um animal. Isso é cristalino!
Ademais, tenho certeza que muitos que comem carne hoje em dia, não comeriam se tivessem que matar e decepar os animais com as suas próprias mãos. O ser humano na atualidade está mais sensível, mas muitas vezes é cego e não enxerga que aquela carne que se compra embaladinha no supermercado ou no açougue, bem como a calabresa da pizza, o presunto, o hamburguer, o frango empanado, já foram lindos animais que só precisavam de amor e respeito. As pessoas não vêem que esses animais sofreram para que a carne pudesse ser vendida.
O espírito André Luiz nos conta na obra "Missionários da Luz" psicografada por Francisco Cândido Xavier, os seus aprendizados no mundo espiritual. No capítulo 4 que versa sobre o tema "Vampirismo", um espírito superior chamado Alexandre ensina André Luiz sobre o Vampirismo e defende o Vegetarianismo. O ato de comer a carne é igualado ao vampirismo que nos suga as energias vitais. É uma prova de que o vegetarianismo é necessário para a evolução da humanidade.
Vou transcrever o texto:
O instrutor de André Luiz estava dizendo que no vampirismo, o desencarnado (espírito) agarra-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados (vivos), qual erva daninha aos galhos das árvores e suga-lhes a substância vital. André Luiz ficou assombrado e seu orientador disse:
"-Por que tamanha estranheza? E nós outros, quando nas esferas da carne? Nossas mesas não se mantinham à custa de vísceras dos touros e das aves? A pretexto de buscar recursos protéicos, exterminávamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugávamos os tecidos musculares, roíamos os ossos. Não contentes em matar os pobres seres que nos pediam roteiros de progresso e valores educativos, para melhor atenderem a Obra do Pai, dilatávamos os requintes da exploração milenária e inflingíamos a muitos deles determinadas moléstias para que nos servissem ao paladar, com a máxima eficiência. O suíno comum era localizado por nós, em regime de ceva, e o pobre animal, muita vez à custa de resíduos, devia criar para nosso uso certas reservas de gordura, até que se prostrasse, de todo, ao peso de banhas doentias e abundantes. Colocávamos gansos nas engordadeiras para que hipertrofiassem o fígado, de modo a obtermos pastas substanciosas destinadas a quitutes que ficaram famosos, despreocupados das faltas cometidas com a suposta vantagem de enriquecer os valores culinários. Em nada nos doía o quadro comovente das vacas-mães, em direção ao matadouro, para que nossas panelas transpirassem agradavelmente. Encarecíamos, com toda a responsabilidade da Ciência, a necessidade de proteínas e gorduras diversas, mas esquecíamos de que a nossa inteligência, tão fértil na descoberta de comodidade e conforto, teria recursos de encontrar novos elementos e meios de incentivar os suprimentos protéicos ao organismo, sem recorrer às indústrias da morte. Esquecíamo-nos de que o aumento dos laticínios, para enriquecimento da alimentação, constitui elevada tarefa, porque tempos virão, para a Humanidade terrestre, em que o estábulo, como lar, será também sagrado."
O superior orientador prossegue dizendo a André Luiz: "Em todos os setores da Criação, Deus, nosso Pai, colocou os superiores e os inferiores para o trabalho de evolução, através da colaboração e do amor, da administração e da obediência. Atrever-nos-íamos a declarar, porventura, que fomos bons para os seres que nos eram inferiores? Não lhes devastávamos a vida, personificando diabólicas figuras em seus caminhos? Claro que não desejamos criar um princípio de falsa proteção aos irracionais, obrigados, como nós outros, a cooperar com a melhor parte de suas forças e possibilidades no engrandecimento e na harmonia da vida, nem sugerimos a perigosa conservação dos elementos reconhecidamente daninhos. Todavia, devemos esclarecer que, no capítulo da indiferença para com a sorte dos animais, da qual participamos no quadro das atividades humanas, nenhum de nós poderia, em sã consciência, atirar a primeira pedra. Os seres inferiores e necessitados do Planeta não nos encaram como superiores generosos e inteligentes, mas como verdugos cruéis. Confiam na tempestade furiosa que perturba as forças da Natureza, mas fogem, desesperados, à aproximação do homem de qualquer condição, excetuando-se os animais domésticos que, por confiar em nossas palavras e atitudes, aceitam o cutelo no matadouro, quase sempre com lágrimas de aflição, incapazes de discernir com o raciocínio embrionário onde começa a nossa perversidade e onde termina a nossa compreensão. Se não protegemos nem educamos aqueles que o Pai nos confiou, como germens frágeis de racionalidade nos pesados vasos do instinto; se abusarmos largamente de sua incapacidade de defesa e conservação, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos? Na qualidade de médico, você não pode ignorar que o embriologista, contemplando o feto humano em seus primeiros dias, a distância do veículo natural, não poderá afirmar, com certeza, se tem sob os olhos o gérmen dum homem ou de um cavalo. O médico legista encontra dificuldades para determinar se a mancha de sangue encontrada eventualmente provém de um homem, dum cão ou dum macaco. O animal possui igualmente o seu sistema endocrínico, suas reservas de hormônios, seus processos particulares de reprodução em cada espécie e, por isso mesmo, tem sido auxiliar precioso e fiel da Ciência na descoberta dos mais eficientes serviços de cura das moléstias humanas, colaborando ativamente na defesa da Civilização. Entretanto..."
André Luiz perguntou ao orientador como solucionar tão dolorosos problemas e o instrutor esclareceu que os problemas são nossos e que não nos cabe condenar a ninguém. "Abandonando as faixas de nosso primitivismo, devemos acordar a própria consciência para a responsabilidade coletiva. A missão do superior é a de amparar o inferior e educá-lo. E os nossos abusos para com a Natureza estão cristalizados em todos os países, há muitos séculos. Não podemos renovar os sistemas econômicos dos povos, dum momento para outro, nem substituir os hábitos arraigados e viciosos de alimentação imprópria, de maneira repentina. Refletem eles, igualmente, nossos erros multimilhenários. Mas, na qualidade de filhos endividados para com Deus e a Natureza, devemos prosseguir no trabalho educativo, acordando os companheiros encarnados, mais experientes e esclarecidos, para a nova era em que os homens cultivarão o solo da Terra por amor e utilizar-se-ão dos animais, com espírito de respeito, educação e entendimento.
Depois de ligeiro intervalo, o instrutor observou: -Semelhante realização é de importância essencial na vida humana, porque, sem amor para com os nossos inferiores, não podemos aguardar a proteção dos superiores; sem respeito para com os outros, não devemos esperar o respeito alheio. Se temos sido vampiros insaciáveis dos seres frágeis que nos cercam, entre as formas terrenas, abusando de nosso poder racional ante a fraqueza da inteligência deles, não é demais que, por força da animalidade que conserva desveladamente, venha a cair à maioria das criaturas em situações enfermiças pelo vampirismo das entidades que lhes são afins, na esfera invisível."
Assim, se percebe que há defesa do Vegetarianismo na doutrina espírita. Poucos comentam sobre essa parte da obra "Missionários da Luz", pois este assunto incomoda a muitos. Pensemos...